Menu fechado

A geração Z quer um imóvel para chamar de seu

Conhecida pela conectividade digital, por valorizar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a geração pensa também na segurança que o imóvel próprio pode proporcionar.

Crédito: Foto Divulgação

Por Márcio Norberto

A geração Z, formada por pessoas que nasceram entre os anos de 1997 e 2010, é conhecida pela conectividade digital, por ser mais desprendida, pragmática, interessada em sustentabilidade e que valoriza a experiência. Os representantes desta geração buscam também mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Assim, os especialistas definem o perfil comportamental, com possível incidência no modo de consumo, das pessoas desta faixa etária.

Pode-se dizer que se trata de uma geração que curte diferentes experiências em relação ao consumo, mas, quando se trata de segurança no longo prazo, também está no radar a intenção de comprar um imóvel. A geração quer ser proprietária, ter um imóvel para chamar de seu. É o que diz a pesquisa da Brain Inteligência Estratégica realizada no primeiro trimestre deste ano sobre intenção de compra de imóvel.

A pesquisa traz diferentes estratificações, mas, especificamente em relação ao recorte geracional, mais de 50% dos respondentes da geração Z, com idades entre 21 e 27 anos, disseram ter intenção de comprar um imóvel. O percentual é superior na comparação com as demais gerações. Quanto ao tipo de imóvel desejado, a pesquisa revela que 49% do público desta faixa etária prefere o apartamento, principalmente  quem vive nas capitais.

Padrão de consumo

Segundo análise de Gisele Pereira, especialista em inteligência de mercado na Brain, a opção por apartamento, de diferentes estilos e tamanhos, tem relação com a conveniência e a praticidade que os imóveis podem oferecer, atributos que são valorizados por esta geração. A especialista reconhece, no entanto, que por se tratar da primeira compra a questão financeira pode ser um critério de definição quanto ao tamanho do imóvel. “Claro que na compra do primeiro imóvel o ticket torne-se o ponto de inflexão, assim as unidades compactas são mais viáveis financeiramente”, explica.

Os apartamentos compactos acabam gerando novas necessidades e tendências. Ao optar por morar em um imóvel menor, pode surgir também a demanda por espaço. De acordo com a especialista, embora não seja possível estabelecer uma relação totalmente direta entre apartamento compacto e uso de self storage, é possível dizer que a centralidade desses produtos imobiliários de moradia em áreas de grande concentração urbana e próximas a operações de self storage pode gerar demanda pela conveniência oferecida pelos espaços de autoarmazenamento. 

Crédito: Foto Divulgação

A geração Z valoriza conveniência, praticidade e zero burocracia, atributos encontrados no self storage. A tendência de consumo desta geração em relação à compra do imóvel pode então produzir impactos positivos no segmento de self storage, que vem se consolidando como peça fundamental num cenário em constante transformação.