De acordo com especialista, o ligeiro aumento de 10% na vacância na comparação 4ºtri/2023 x 4ºtri/2022 tem relação com evolução da oferta.
Por Márcio Norberto
A recente pesquisa realizada trimestralmente pela Brain Inteligência Estratégica para a Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass), com o objetivo de acompanhamento do setor no Brasil, mostrou que a vacância média nacional no quarto trimestre de 2023 foi 10% maior na comparação com igual período de 2022. De acordo com os números da pesquisa, realizada em 103 cidades brasileiras de todas as regiões, a vacância no 4ºtri/2023 ficou em 18,1%, enquanto no 4ºtri/2022 o percentual foi de 16,5%.
Segundo Marcos Kahtalian, diretor técnico responsável pela pesquisa, a maior vacância no fechamento do ano passado está dentro de uma margem de equilíbrio. O percentual de 10% maior na comparação dos períodos está relacionado à questão da evolução da oferta. Diante da demanda de mercado e com espaço para crescimento, os empresários precisaram ampliar a oferta.
Além disso, de acordo com o especialista, algum grau de vacância é importante para que o mercado possa fazer ajustes. “A vacância média nacional está dentro de uma margem de equilíbrio, abaixo de 20%. Então, o aumento tem mais relação com a evolução da oferta. Aumentou a oferta e ainda não houve tempo de plena ocupação”, explica.
Vacância na região Sudeste
Em relação à região Sudeste, que é o maior mercado brasileiro, o percentual de vacância no 4ºtri/2023 ficou em 17,4%, o que representa 4% abaixo da média nacional, porém o número dessa região é 18% maior na comparação com os dados da mesma região em igual período de 2022.
De acordo com Kahtalian, a vacância no Sudeste acompanha o parâmetro nacional, considerando o tamanho do mercado na região, portanto o indicador terá um peso maior. Ainda segundo o responsável pela pesquisa, o volume de elevada oferta é também o que explica a maior vacância. “É a região mais dinâmica, com maior volume de nova oferta, então a vacância naturalmente tem um crescimento maior porque tem um peso maior no indicador”, explica. Para o especialista, os níveis de vacância estão controlados e saudáveis, além de estar em linha com o esperado pelo mercado.