Por Rafael Cohen, presidente da ASBRASS
O mercado de self storage tem se beneficiado da pandemia. Novos hábitos, o aumento crescente do e-commerce e maior conhecimento sobre a sua utilidade; tudo isso tem contribuído para que, de forma geral, tenhamos passado até o momento ao largo da crise que atingiu inúmeras outras atividades.
Ao mesmo tempo que isso nos traz satisfação e conforto, sabemos que os tempos tranquilos nos trazem também acomodação. Nos últimos anos, ao custo de muito esforço, conseguimos alguns avanços como instituição, mas, na medida em que nos sentimos mais confortáveis, como coletivo, deixamos de exercer a pressão necessária para que avancemos em direção a uma infinidade de temas relevantes. Atenção, não é uma crítica, e sim, um alerta.
Você deve estar se perguntando, que tipo de pessoa fica incomodada por não estar sendo requisitada com maior intensidade numa função “pro bono” como a presidência da ASBRASS, portanto, explico: ainda há muito a ser feito para a consolidação do self storage no Brasil, e isso realmente me inquieta.
Uma atividade tão positiva para a sociedade, e digo isso sem medo de exageros, já deveria ser olhada com interesse e consideração pelo poder público, por investidores e pela indústria em geral. A pergunta que não quer calar é: O que estamos fazendo para que isso aconteça?
Eu arrisco dizer que é justamente no exercício da nossa atuação como grupo que temos sido insuficientes. Precisamos de leis que nos definam e nos protejam, precisamos de mais fornecedores que nos ofereçam produtos customizados e acessíveis, precisamos de maior segurança jurídica, de linhas de crédito específicas e, de ter um sem-número de outras demandas atendidas, para continuar expandindo nossos negócios.
Em resumo, precisamos olhar com maior cuidado e atenção para a nossa associação, o instrumento mais eficaz para a realização dos nossos pleitos. Somente através de uma instituição forte e representativa, teremos força para avançar em direção às conquistas necessárias para fazer com que o crescimento vivido desde o início da pandemia, continue ocorrendo de forma sustentável.
Nunca é demais relembrar o ditado oriental que diz: “Homens fortes criam tempos fáceis, e tempos fáceis geram homens fracos; mas homens fracos criam tempos difíceis, e tempos difíceis geram homens fortes”.
Nosso desafio é nos tornarmos cada vez mais fortes, graças a Deus, em tempos não tão difíceis. Você está convidado a participar desse processo.