Atividade de self storage participa das transformações que ocorrem nas cidades e se apresenta como modelo alinhado às necessidades das pessoas e das empresas
Por Márcio Norberto

Vamos passar um bom tempo reconhecendo que a pandemia mobilizou ensinamentos e acelerou processos que ecoaram em toda sociedade. As pessoas ressignificaram suas moradias: hoje as casas têm uso misto e com isso se passa mais tempo nelas. As empresas adotaram novas formas de trabalho.
Segundo dados de um estudo realizado pelo Google Workspace e IDC Brasil, divulgado em reportagem da CNN Brasil em 13 de setembro deste ano, o chamado trabalho híbrido foi adotado por 56% das empresas no Brasil. É uma mudança cultural que certamente não tem mais volta, levando as cidades e os setores produtivos cada qual a seu tempo a buscarem adaptação.
A atividade de self storage está imersa neste contexto de mudanças e se apresenta como modelo de negócio alinhado com as necessidades das pessoas e das empresas e, por consequência, em consonância com um novo paradigma de cidade e da relação que se tem com ela. Aliás, a relação entre self storage e cidade foi tema de um painel realizado na 8ª edição do evento Brasil Expo Self Storage, organizado pela Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass) em parceria com o Secovi-SP e que aconteceu no mês de outubro, em São Paulo.

Em relação ao lugar de morar, as pessoas perceberam que podem viver em apartamentos mais compactos seja porque moram sozinhas ou preferem viver em regiões mais centrais, próximas ao trabalho – agora híbrido –, com comércio, universidade, escola e entretenimento no entorno. As razões são as mais diversas. O fato é que viver em espaços menores exige uma alternativa para guardar aqueles objetos pessoais que muitas pessoas não querem se desfazer, e é aqui que entra o self storage como alternativa contemporânea, um modelo de autoarmazenamento sustentável, seguro e descomplicado.
No âmbito empresarial, especialmente no que se refere às micro e pequenas empresas, o self storage desempenha a importante função de ser o espaço para guardar insumos e estoques, facilitando processos de entrega e chegando muito mais rápido ao cliente final.
Novo paradigma de cidade
Este contexto simboliza uma nova relação com a cidade e o que ela pode oferecer de diferente: opções inteligentes e alinhadas às necessidades do cidadãos. É dessa forma que o vereador do Rio de Janeiro Pedro Duarte partido (Novo) entende o self storage fazendo parte de uma cidade que ele chama de ‘resiliente e flexível’, que oferece ao cidadão alternativas viáveis e sustentáveis. “Neste novo contexto, o self storage é uma peça importante que da maior flexibilidade ao conjunto da sociedade e que inclui o segmento imobiliário”, diz Duarte.
Nesta mesma linha de pensamento a vereadora em Curitiba Amália Tortato também pelo (Novo), que foi uma das convidadas junto com o vereador Duarte para o painel “A inserção do self storage na vida das cidades” considera que esse modelo de negócio se soma ao novo paradigma de cidade. “O self storage tem tudo a ver com cidades inteligentes. Cidades cada vez mais adensadas onde moradia e comércio ocupam os mesmos espaços, então é importante ter esse tipo de atividade para apoiar na transformação da cidade”, comenta a vereadora.
Duarte lembra que a diferenciação entre bairro residencial e comercial tem se tornado cada vez mais fluida e as pessoas têm buscado viver em regiões com características mistas em razão de certas comodidades que esses espaços oferecem e a atividade de self storage tem uma função importante nesta modelagem urbana.
“As pessoas querem morar em bairros que são residenciais e comerciais, que misturam serviço e residência e o self storage tem um papel muito importante para viabilizar que isso aconteça, então o self storage contribui para uma cidade resiliente, sustentável e de usos mistos”, disse o vereador.
No âmbito dos negócios Tortato ressalta que, sobretudo na área de comércio eletrônico, o self storage tem se apresentado como excelente alternativa para viabilizar os empreendimentos dos micros e pequenos empresários. “O self storage proporciona que o estoque esteja cada vez mais perto do cliente, em pontos estratégicos e isso facilita muito. Por isso considero que o self storage veio para somar e contribuir com a ideia de cidade inteligente”, disse a vereadora.
Ela pontuou ainda que, na medida em que o setor obtiver um ambiente jurídico mais adequado, a tendência é de um crescimento maior em relação ao que já vem acontecendo. “É um mercado que tem muito a contribuir e está em pleno desenvolvimento no país, conforme for ganhando segurança jurídica esse segmento crescerá ainda mais”, conclui.