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A automação está presente no ramo de self storage?

Segundo especialista, o potencial da automação pode ser mais explorado nos selfs storages aqui no Brasil

Por Márcio Norberto

Pode-se dizer que a automação integra a cultura empresarial de vários setores. Ela tem desempenhado um papel importante para tornar mais eficiente a gestão do negócio como um todo. Mas o que é a automação nas empresas? De forma bastante simples, é o processo que torna uma tarefa autônoma, que antes era realizada com a intervenção humana. 

Os processos tornam-se automáticos com a ajuda de softwares e de tecnologias específicas desenvolvidas para executar determinadas atividades. Nas empresas, a automação é utilizada com o objetivo de buscar eficiência, gerando, entre outros benefícios, maior produtividade e redução de custos operacionais. Segundo o engenheiro e proprietário da empresa M2 Projetos de Tecnologia e Iluminação Marcello Matera, “a automação é tudo aquilo que se consegue otimizar em termos de serviço”. De que forma a automação pode estar presente no ramo de self storage?

Pode estar presente de diferentes maneiras. Os sistemas de controle de acesso ao box baseado em tecnologia biométrica ou reconhecimento facial é um exemplo de aplicação. Além disso, é possível que outras interações possam ser realizadas por meio de aplicativos que possibilitam reservar o box, contratar, assinar o contrato e pagar; e tudo realizado de maneira remota. O usuário só precisa ir até a unidade para guardar seus pertences.

Automação do self storage no Brasil

O potencial da automação pode ser mais explorado nos selfs storages aqui no Brasil. As empresas do setor estão integrando tecnologias nas suas operações para melhorar a experiência do cliente, qualificar a eficiência operacional, mas existe ainda muito espaço para crescer neste aspecto da automação. Esta é a percepção de Matera, que observa o uso da automação no setor de maneira fragmentada.

“Nos storages que estive no Brasil, não consegui ainda ver implementado todo este potencial que tem por trás da automação. Identifiquei sistemas adaptados para funcionar com o sistema de software da operação da unidade. Algo implementado que possa trazer benefícios tanto para o usuário quanto para o empresário ainda não vi, por isso acho que tem um potencial muito grande de crescimento”, comenta.

Investimento em automação

Como qualquer outro tipo de implantação realizada para melhorar o negócio em diferentes aspectos, a automação no self storage inicialmente requer algum investimento com a aquisição de tecnologias e de equipamentos. Quanto aos benefícios, eles podem chegar no longo prazo com a redução de custos operacionais, melhoria da experiência do usuário, aumento da competitividade, entre outros que podem compensar o investimento inicial e gerar retorno.

Segundo o especialista, a cultura do empresariado brasileiro é a do “tiro curto”, isto é, investir menos no início. “Quando falamos num sistema de automação para trazer benefício futuro certamente haverá custo. Talvez por isso não haja implementação em muitos storages, porque o pensamento é ter o menor impacto no momento inicial”, explica. De acordo com Matera, o pensamento deve ser justamente o contrário. “Vou investir e isso terá um payback, um retorno, terá um ganho financeiro, o lucro me voltará em otimização ao longo do tempo”, complementa.

Futuro

O futuro da tecnologia no setor de self storage é agora, ao menos fora do Brasil. Em outros países, o uso da automação é realidade há algum tempo e por aqui parece que ficamos passos atrás. Segundo Matera, os negócios brasileiros ficarão ainda mais pra trás se não houver mudança de mentalidade, até porque lá fora a inteligência artificial é outro recurso tecnológico que está sendo utilizado nas empresas de self storage.                        

“Visitei alguns storages nos Estados Unidos e quem não utilizar tecnologia ao seu favor vai estar um passo atrás, estará defasado. Hoje não temos essa tecnologia, essa automação implementada, enquanto em alguns lugares já se pensa no uso da inteligência artificial e como ela pode melhorar o processo”. Por isso o futuro é logo ali. “Estamos falando de três a cinco anos”, destaca.