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Oportunidades e otimismo no pós-pandemia

Dois empresários contam como enfrentaram os primeiros meses da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e revelam suas expectativas com o pós-pandemia

Assim como outros setores econômicos, o segmento de self storage também sofreu um forte impacto no início da pandemia do novo coronavírus. Embora os decretos governamentais não tenham determinado o fechamento das unidades de self storage, as empresas imediatamente tomaram algumas providências como, por exemplo, o fechamento das áreas de convivência, a redução do horário de atendimento aos usuários, entre outras medidas, a fim de evitar a disseminação e o contágio da Covid-19. 

“Em um primeiro momento, houve muita preocupação e percebemos até um certo desespero por parte de alguns clientes. Ninguém sabia o que estava acontecendo direito”, conta Rodolfo Delgado, CEO Guarde Perto Self Storage, que tem cinco unidades na cidade do Rio de Janeiro. Uma dessas unidades, localizada em um shopping da cidade, foi parcialmente fechada, com atendimento somente por meio de agendamento prévio. O funcionamento das outras unidades, segundo ele, foi mantido com horário reduzido.   

“Não paramos um dia sequer. Mesmo diante de tantas incertezas, trabalhamos ainda mais próximos dos clientes para entender cada caso. As orientações e renegociações foram muito importantes nesse período”, pontua Delgado, salientando a importância das ações de pós-venda implementadas pela sua equipe.

O empresário Sérgio Oliveira, da Home Stock, diz que sua unidade em Brasília, no Distrito Federal, também não parou. “Em março, cortamos o atendimento aos sábados e reduzimos o horário de segunda a sexta-feira com o revezamento de funcionários e atendimento ao cliente por agendamento”, revela Oliveira, acrescentando que, em abril, o atendimento começou a regularizar e, em maio, já estava operando normalmente, como antes da pandemia.    

Para o CEO do Guarde Perto, o papel da equipe foi determinante. “Mesmo diante de um quadro grave, nossa equipe foi atuante e respondeu muito bem. Conseguimos repensar e tornar os processos mais eficientes”, afirma, informando que em sua empresa não houve demissão nem redução de salário e jornada dos funcionários. A Home Stock também manteve sua equipe e revela: “não houve nenhum caso de Covid-19 entre os nossos colaboradores.”

As duas empresas adotaram todas as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias como disponibilização de álcool em gel, colocação de protetor de balcão, uso de máscaras, reforço nas rotinas de limpezas, entre outras. “É muito importante seguirmos todos os protocolos e as boas práticas de higienização e segurança”, reforçam os empresários. 

Segundo eles, além dos novos hábitos, a pandemia também provocou uma mudança do perfil do usuário de self storage. “Em junho,  começamos a ver uma movimentação maior por conta da reestruturação dos negócios e das famílias”, diz Rodolfo Delgado. “Também observamos uma procura maior para guarda de bens de inventário”, adiciona Sérgio Oliveira, mencionando que o fechamento de lojas e a separação de casais, por exemplo, também motivaram a busca por boxes nas unidades de self storage. 

“No nosso setor não há de se falar em crise”, afirma Delgado, que se diz otimista em relação ao período pós-pandemia. “Vamos voltar a crescer de uma forma diferente”, acredita o empresário, que revela já ter alcançado suas metas do primeiro semestre. Oliveira também está confiante. “Temos de ter esperanças. O brasileiro é muito versátil e sempre dá um jeito de dar a voltar por cima.”